segunda-feira, 22 de novembro de 2010

SEIS DICAS PARA MANTER SUAS CONTAS SOB CONTROLE

1 – Anotar até a balinha
Tenha real noção do quanto gasta por dia, mês, ano. Há compras com valor pequeno, mas freqüência alta, e que podem prejudicar o orçamento. “Não é preciso montar planilhas complicadas. Um lápis e papel resolvem o problema. Comece anotando desde cedo, no pão com manteiga do café da manhã”, diz Roseli.

2 – Salário bruto não é salário líquido
Uma pessoa que ganha R$ 1.000,00 bruto pode acreditar que pode gastar esse mesmo montante. Mas se esquece de que o valor pode embutir descontos de convênio médico, vale refeição e cesta básica. Faça as contas com base no salário líquido.

3 – Saiba o que é essencial e mantenha a calma
Uma dívida significa que algum sacrifício terá de ser feito. “Talvez, a pizza de toda sexta-feira terá de ser sacrificada por um tempo, até que as contas entrem nos eixos”, afirma. “Tenha em mente quais são seus gastos essenciais. Só esse exercício já traz mais consciência financeira.”

4 – Alguém pode ficar doente
Conte com imprevistos. O ideal é separar 10% da receita da família para contas extras, que podem aparecer, como médico, um eletrodoméstico que quebra, ou impostos.

5 – As prestações não vão sumir
Compre depois de pensar bastante e de ter certeza de que conseguirá pagar todas as prestações, para que não se tornem um pesadelo.

6 – Exercício em família
Faça do planejamento orçamentário uma reunião familiar. Quando estiver colocando no caderno cada gasto do dia e da semana, divida com as crianças. É importante para desenvolver uma consciência financeira nos pequenos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Inadimplência cai para níveis inéditos

Melhora no emprego e na renda da população têm reduzido as perdas dos bancos com parcelas não pagas há mais de 90 dias

O cenário econômico do País, que combina aumento no nível de emprego e na renda das famílias, associado ao crescimento do consumo, tem beneficiado os grandes bancos brasileiros não apenas pela demanda maior por crédito, mas pela queda da inadimplência, em níveis inéditos. “Os bancos têm conseguido emprestar com qualidade nas carteiras, recuperando boa parte do que emprestam. É um cenário muito benigno para eles”, afirma Victor de Figueiredo Martins, analista de bancos da Planner Corretora.
No Banco do Brasil, que divulgou ontem seu balanço do terceiro trimestre, as operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 2,7% da carteira de crédito. Esse percentual, segundo o BB, é menor que os 2,3% registrados em todo o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Nos empréstimos para pessoas físicas, a inadimplência acima de 90 dias passou de 5,2% em setembro de 2009 para 3,8%. Na pessoa jurídica, o desempenho é ainda melhor: caiu de 3,1% para 2,2%. “A perspectiva para a inadimplência é positiva”, disse Ivan Monteiro, vice-presidente de relações com investidores do BB.
Segundo o BB, por conta da qualidade das carteiras, houve redução nas despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa, que chegaram a R$ 2,6 bilhões no trimestre, com queda de 9,5% sobre setembro de 2009. No trimestre, o banco conseguiu recuperar 40,8% dos volumes anotados como perdas no período.
No Banco Santander, os atrasos acima de 90 dias caíram de 6,5% em setembro do ano passado para 4,2% do total das carteiras no terceiro trimestre de 2010. Nas operações de pessoas físicas, o índice de inadimplência passou de 7,9% para 6,2% na mesma base de comparação, enquanto as pessoas jurídicas responderam por uma redução dos níveis de 5,3% para 2,5%.
Carteira melhor

“Houve uma melhora na composição das carteiras. Isso é derivado de um entorno favorável da economia”, afirmou Carlos Galan, vice-presidente do Santander, durante a divulgação do balanço. O banco elevou seu indicador de cobertura para atrasos superiores a 90 dias em 25 pontos percentuais, de 108% no terceiro trimestre de 2009 para 133%.
No Bradesco, a taxa de inadimplência caiu para 3,8% do total das carteiras, de 5% registrado no final do terceiro trimestre de 2009. No Itaú Unibanco, por sua vez, o índice foi reduzido de 5,9% em 2009 para 4,3% no terceiro trimestre deste ano.
Martins, da Planner, considera que a qualidade das crescentes carteiras de crédito dos grandes bancos constitui-se em um risco, mas ressalva que as instituições devem estar medindo esses riscos “corretamente”. “As provisões estão contidas, baseadas na qualidade das carteiras”, afirma ele. “Todos são experientes e devem estar provisionando adequadamente.”