domingo, 6 de dezembro de 2009

Crédito e Comercio


Este dueto é tão antigo quanto a história da humanidade, já era praticado mesmo antes de existirem as moedas, as instituições financeiras, computador, os sistemas de Cred Scoring, a Internet e tudo que hoje existe para aperfeiçoar esta relação da parceria "Credito e Comércio".

Evoluímos do Turco da Prestação, da Caderneta ao Cartão, porém os princípios e fundamentos que norteiam esta relação continuam os mesmos, o que mudou foi a forma, a embalagem principalmente a velocidade imposta pelo crescimento dos volumes e pela competitividade que somente pode ser atendido pelo uso da tecnologia da informação.

O comercio evoluiu e pequenas lojas de bairros ou região aos poucos estão sendo valorizadas pelas grandes redes varejistas que com um elevado poder de compra tem condições de oferta preços imbatíveis e impraticáveis pelo pequeno. A globalização está sendo um fator fundamental para o crescimento da competitividade e da produtividade mundial.



O Brasil dos útimos tempos com a estabilidade política e econômica transformou-se num dos mais atraentes entre os países emergentes e com isto é alvo de investimentos e especulções dos países ricos já desenvolvidos e de suas grandes corporações, porém ainda convivemos com elevada taxa de desemprego e com uma distribuição de renda das piores do mundo.

O trabalho informal hoje é responsável por uma grande parte do PIB (Produto Interno Bruto). O Governo é o maior tomador de crédito junto ao sistema financeiro e inadimplência continua elevada.

Com a estabilidade econômica (Inflação sob controle) Melhorou ba última década a capacidade de comprar das classes C e D que passaram a consumir bens e serviços que anteriormente nem imaginavam que estivessem a seus alcances. Dinheiro da poupança foi destinado ao consumo, pois não renderiam quase nada na inflação não corroia a já baixa renda da grande maioria da população. Não daria para comprar à vista mais daria para fazer planos para comprar em parcelas sem uma inflação de 84% ao mês (Índice máximo que chegamos a atingir).

Neste cenário, muitos comerciantes começaram a abrir seus própios crediários vedendo no "chequinho" em 3 ou 4 cheques pré-datados. Esta prática feita sem critério e tecnologia de crédito acabou contribuindo diretamente para o crescimento alarmante da inadimplência que resultou na "Quebra" de muitas lojas e até mesmo de grandes varejistas.

Na busca por um modelo mais adequado à demanda apresentada pelo novo cenário, dois caminhos predominaram:

1- Grandes redes de lojas montaram seu braço financeiro, criando uma financeira ou um banco de nicho focado no financiamento de suas vendas com dois objetivos, ou seja, atendes a demanda do mercado por crédito e com isto não perder competitividade nas vendas, e aproveitar a oportunidade para dar uma "Beliscada" No ganho financeiro do operacional.

2-As financeiras, principalmente aquelas vinculadas a grandes bancos nacionais e estrangeiros buscam formar parcerias com as lojas oferecendo os serviços de crédito direto ao consumidor (CDC) onde entravam com o capital "funding" e com a tecnologia e experiência na concessão do crédito enquanto as lojas entrariam com o ponto, a rede e os clientes.

Este modelo tem se mostrado o mais eficiente, porém algumas financeiras de lojas deram certos e continuam bastante competitivas no mercado. Um terceiro modelo já está ganhando espaço nesta relação, que é a parceria onde lojistas e financeiras dividem lucros e prejuízos.

Como ser competitivo e lucrativo neste novo ambiente?

Muitos bancos estão se reorganizando e alguns até aprendendo a conceder crédito de massa. A busca contínua pela excelência na concessão de crédito (conceder crédito com esmero e disciplina) é um fator descisivo para o crescimento de um banco, com competitividade, qualidade e lucratividade. Disciplina e esmero nos afazeres de uma equipe de crédito massificado, como num barco, só se consegue se todos estiverem bem instruídos para navegarem na direção certa (objetivo e metas) e se souberem como navegar (técnicas) e como se virar nos momentos de mar revolto (procedimentos). No dia-a-dia de uma equipe, deparamos com tripulantes que:
1. Reman com maior empenho possível.
2. Além de remar, apontam a direção e incentivam com cantigas para dar o ritmo ás remadas.
3. Apenas retiram a água que se acumula no barco.
4. Ficam quietos em seu canto, esperando que o esforço dos colegas seja suficiente para salvar o barco.
5. Jogam água do mar para dentro do barco.

A organização deve parabenizar e reconhecer o esforço daqueles que estão nos três primeiros grupos; motivar e convencer as pessoas do quadro grupo; e desembarcar no primeiro porto as pessoas do quinto grupo.

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