quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ESCOLAS CLÁSSICAS DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

A administração científica foi a primeira abordagem da teoria da administração. Criada por engenheiros, cientistas e gerentes preocupados com a melhoria da eficiência do trabalho (o que um trabalhador produz durante um certo período de tempo), essa visão assumiu duas formas principais: a administração do trabalho e a administração das organizações. A administração científica surgiu de esforços para melhorar a eficiência do trabalhador, que começaram nos Estados Unidos com Frederick W. Taylor.


A ADMINISTRAÇÃO DO TRABALHADOR 
FREDERICK W. TAYLOR (1856-1915): PAI DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Frederick W. Taylor foi uma pessoa dedicada, extremamente empenhada no estudo e na compreensão do trabalho e na melhoria da eficiência do trabalhador. Suas idéias, fruto de anos de experiência na Enterprise Hydraulic Works, na Midvale Steel Company (na qual entrou em 1878 como trabalhador comum), na Simonds Rolling Machine e na Bethlehem Stell, ainda hoje continuam a influenciar o desenho de cargos, o layout do trabalhador e a programação de tarefas. 
Taylor acreditava que só haveria prosperidade econômica com a otimização da produtividade do trabalhador, a qual, por sua vez, somente seria alcançada se os trabalhadores se tornassem mais eficientes. Elitista, Taylor acreditava que essa eficiência otimizada somente poderia ser atingida por especialistas, conhecidos como cientistas em administração, em que não se podia confiar que os funcionários trabalhassem de maneira mais eficiente. Ele achava que os trabalhadores relaxariam seus esforços se deixados à vontade. (Baseado em sua observação dos militares, Taylor criou o termo soldiering - fingir que está trabalhando - para designar esse relaxamento do esforço.) Taylor achava que a eficiência máxima só podia ser alcançada se o trabalho fosse reprojetado e as atitudes dos trabalhadores em relação ao trabalho fossem modificadas. A tarefa redesenhada, projetada para alcançar a eficiência máxima, era a única maneira correta de se fazer o trabalho. Para Taylor, se os trabalhadores e a administração pudessem cooperar, haveria uma melhoria na sociedade e nas condições de trabalho. Ele achava que essa iniciativa só poderia advir de um cientista da administração, um novo tipo de líder industrial.
Antes dos esforços de Taylor, os trabalhadores realizavam atividades de acordo com palpites e instruções, que ele chamava de regras práticas. Taylor sustentava que o uso dessas regras práticas resultava em eficiência e padrões inconsistente de desempenho. Não havia nenhum padrão aceito do que constituía um dia de trabalho justo para um dia de pagamento justo. Como a administração não dispunha de padrões de desempenho confiáveis pelos quais pudesse avaliar a realização do trabalhador, ela realmente não podia saber se tal realização estava sendo eficiente ao máximo. Tampouco os trabalhadores, segundo Taylor, poderiam saber se estavam dando o melhor de si. Taylor observou torneiros, padejadores, serralheiros e outros trabalhadores. Fazendo milhares de medições como o auxílio de um cronômetro, ele examinou detalhada mente atividade por atividade; dividiu cada atividade em tarefas componentes, em um processo que ele chamou de fracionamento de atividades, criando assim os estudos de tempo e movimentos. Ele chamou essas tarefas de componentes de unidades básicas de trabalho. Em seguida, Taylor tomou cada unidade básica de trabalho e tentou determinar a maneira mais eficiente de realizá-la e a maneira mais eficiente de combinar as unidades de trabalho em uma tarefa total. Ele chamou essa maneira mais eficiente de fazer uma tarefa de "a única maneira correta". Dessa forma, as tarefas analisadas e melhoradas são frequentemente descritas como tendo sido taylorizadas. 
Taylor conseguiu melhorar radicalmente a eficiência do trabalhador, usando os estudos de tempo e movimento e um sistema conhecido como pagamento por peça, pelo qual os trabalhadores eram pagos de acordo com a quantidade produzida. Embora o salário de incentivo de Taylor e a maneira mais eficiente de realizar as tarefas resultassem em maiores ganhos para os trabalhadores, em geral os sindicatos desconfiavam dos métodos de Taylor e, por vezes, os levaram a mal. Os sindicatos do próprio trabalho e, consequentemente, em demissões de trabalhadores. Enquanto os sindicatos resistiam às inovações propostas por Taylor, a administração, impressionada com aumentos de produtividade e com as reduções de custos, acolhia com entusiasmo a sua administração científica. 
A influência de Taylor e de seus colegas foi marcante nas primeiras décadas do século XX. O próprio Taylor foi convidado testemunhar perante o Congresso entre 1912 e 1914 e influenciou a maneira como o governo encarava o surgimento da América Industrial.

"Boa idéias não tem que ser questionadas, e sim avaliadas, melhoradas e executadas" 
       

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